domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pasión

Então é hoje o meu dia de postar aqui outra vez, não é mesmo?!

Cinco minutos atrás eu não fazia idéia alguma sobre o que escreveria. Tentei pensar em algo que interessasse as pessoas, mas não cheguei a nenhuma conclusão. Conversando com a amiga que me chamou de Latin Lover dia desses, decidi postar sobre um assunto que acaba por não interessar a ninguém, mas paciência, vai ser sobre isso mesmo.

Bom (patético começar um parágrafo assim), quinta feira eu fiz uma tatuagem. E daí? Pois é, eu disse que ninguém se interessaria. Mas quer saber por que vou falar sobre ela? Porque eu queria falar de mim e também de mudanças. Ela acaba por simbolizar parte dos meus interesses, das minhas mudanças e dá uma das definições vagas sobre quem diabos sou eu.

É um desenho prioritariamente vermelho (é a minha cor favorita e me causa sensações). A base da minha vida é a paixão, não necessariamente por uma pessoa, mas a paixão pelas coisas, pela arte, pela vida. Paixão é tudo, tudo o que eu preciso, tudo que todos precisam. Uma das minhas paixões é o idioma espanhol. Na minha tatuagem está escrito Pasión. Óóóóó!!!

Enfim (patético de novo), tem também uma faixa verde que 'passeia' em torno do coração e no fim da faixa, uma rosa. Óóóó de novo! Clichês à parte, permitam-me explicar. A faixa verde simboliza as minhas paixões, ou seja, a minha vida. Quando as paixões acabarem, vejam só vocês, uma rosa para mim, porque eu estarei morta!

Relendo este texto eu ri um pouquinho. Porque ficou besta! Mas novidade... besta é uma coisa que eu também sou bastante, o que pode ser comprovado pelos vídeos e acontecimentos dos últimos fins de semana. Sendo assim, ficou perfeito!

Por hoje vos deixo parabenizando os textos das minhas colegas de peruano e todos os latinoamericanos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Cérebro

Eu sinto que este blog não vai com a minha cara, porque eu sempre escrevo e não vai do jeito que eu quero. Como sempre, tinha feito um texto aqui, mas desisti de postá-lo por achar que vocês, leitores, são muito exigentes, e minhas palavras não estão de acordo com o nível.

Eu pensei durante a semana toda em algum assunto interessante, mas não consegui encontrar. Penso agora que a maior das inspirações surgem em momentos de tristeza de nossas vidas. Não sei, quando estamos felizes não conseguimos escrever coisas bonitas e tocantes. Eu pelo menos não consigo. Aliás, quando estou feliz só me vêm à cabeça cenas engraçadas e cores fortes. Parece besteira, mas de vez em quando gostaria de ter uma dor daquelas só para conseguir escrever algo que emocione as pessoas. Não é o caso agora, me desculpem.

Neste final de semana eu fiz aniversário. Agora tenho 20 anos e parece que isso de fato mudou algumas coisas na minha cabeça. Pessoas não me deram parabéns e algumas que eu nem me lembrava mais apareceram. Serviu pra ver quais têm importância. Além de perceber que o momento não é romântico e sim de necessidade, se é que me entendem. Vontade de sair por aí e falar com as pessoas, flertar e essas coisas interessantes da vida. É ridículo viver uma coisa que não existe, embora as pessoas insistam em fazer isso. Pra mim já deu.

O momento é de alegria e deve ser aproveitado. Sem falsas lembranças, episódios inexistentes, ou amores de ilusão. A vida é outra. Pelo menos por essa semana, porque as coisas mudam tão rápido que eu não posso afirmar nada pelos próximos dias. Ou meses, não sei.

Esse texto agora não tem mais nada a ver com o que eu tinha escrito ontem. Era algo sobre cantar no chuveiro de uma forma empolgada, como se fosse pra alguém em específico ouvir, mesmo que fosse impossível. Hoje a vontade é de cantar para desconhecidos na rua, usar roupas bonitas a fim de seduzir, despentear o cabelo para provocar.

Desejo a todos um colar de flores. É só isso.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Felicidade

Eu ia postar outra coisa, mas sinto necessidade de completar o meu post anterior.


Só pra constar, são duas horas da manhã, eu tenho aula amanhã e não consigo dormir, entendo perfeitamente o Cazuza: ”As idéias pintam e me aprisionam”, às vezes não só idéias, sentimentos e outras coisas também, mas o fato é que aprisionam.
Vamos lá.

Retomarei o meu post anterior do asterisco colocado (*obviamente questionável), eu sempre encontro vários pontos sobre uma mesma situação ou pessoa. Sobre a felicidade é que não seria diferente. Só depois de um tempo é que a gente percebe o quão absurdo foi, uma certa idéia, um sentimento,uma situação,uma palavra, tanto faz, na hora a gente não enxerga.Depois tentando fazer uma organização dos pensamentos percebemos que algo não fecha no balanço,as coisas colidem,fazem um barulho infernal, mas contradições são normais...

Comecemos, o que é felicidade?
Quando aconteceu e até mesmo quando escrevi o texto anterior julguei aquilo como felicidade, só quando fui postar e re-li o que havia escrito me dei conta de que meu conceito de felicidade mudou.
Eu não sei explicar o que eu senti naquela época, mas era algo barulhento, ensurdecedor, infernal, um sentimento quase que histérico. Eu não cabia em mim, as minhas palavras não pareciam sair da minha boca, meus olhos, eu não me pertencia. Fazia com que eu me desligasse de mim, perdesse o chão e fizesse qualquer coisa, por mais que essa tal coisa não condissesse comigo. Escrever eu já não conseguia mais,não tinha capacidade pra isso,quando escrevia forçava as palavras a saírem,não gostava de ler o que eu mesma redigia,era como se cada frase lida me agredisse, me desse um soco na cara. Aquilo era qualquer coisa, menos felicidade. Fiquei só esperando o barco virar, isso não tem como ser felicidade.


Hoje em dia felicidade pra mim está muito mais ligada à paz do que a outras coisas.Não falo da paz de pombinhas brancas (coitadas),falo da paz de ficar em silencio e não ouvir o coração berrar de desespero.
Ligada a coisas como aceitação de si mesmo, e dos outros. Eu que dificilmente aceitava algo que julgasse ser um erro. Eu que esperava que os outros entendessem o que eu sentia, mas era incapaz de tentar traduzir as minhas caras feias, as costas dadas e etc, até o dia que me disseram: “você costuma se relacionar com adivinhos?”

Ando relacionando muito felicidade com integridade. Aliás, integridade está sendo um assunto muito presente ultimamente. Alguém que te arranca algo que te fazia bem, independente do que seja, um hábito, um sentimento, uma pessoa, qualquer coisa,quando esse alguém te mutila ele já não é mais capaz de te fazer feliz.Não dá pra essa pessoa te arrancar uma parte sua e enfiar no buraco que ficou um pedaço dela pra tentar estancar a hemorragia.Não adianta.O corpo rejeita,sempre vai vazar sangue pelas beiradas.Não cicatriza.Eu particularmente gosto de mim inteira, como agora.

Existe um “mandamento” no muay tai que sempre me chamou atenção: “Fluir como a água, brilhar como o sol”. Isso anda permeando a minha vida...

Foi até bom experimentar uma época fora de mim para entender o quanto eu gosto do meu lugar, o quanto eu gosto de ser quem eu sou e compreender que é por aqui mesmo que eu quero ficar. Em pensar que eu quase me expulsei, quase que não me aceito de volta.


Enfim, feliz, leve, “abraçada”.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Alma de Coringa

Neste blog não vou escrever sobre amores, mas sobre paixões. Não vou escrever loucuras, só devaneios. Não vou me expressar com desespero debaixo do sol escaldante, vou me sentar à sombra de uma macieira, serena, à espera de companhias que vêm e vão. Coisas do cotidiano, certo?!

Vou contar algo que me aconteceu, por milagre, em primeira pessoa.

Era madrugada na Rua Augusta (só pra variar!), um show daqueles que costumam tomar o lugar por fumo de cigarros, o Marlboro do mais forte. O público? Daquelas mulheres que deixam os homens mais fracos tensos e daqueles únicos homens capazes de lidar com elas.

Aquele cara sexy estava lá. Não era exatamente o público, mas estava lá, em cima do palco e sem camisa. Eu, que antes já o desejava, naquele momento simplesmente não pude controlar. Verdade seja dita, eu já tinha até um plano de sedução pra ele. Sôa bizarro, não?! Mas naquele dia foi inevitável não pular os primeiros procedimentos. Fui direto ao bilhete no guardanapo!

Minha amiga, que duvidava que eu teria coragem (ok, acho que a expressão é cara de pau), apressou-se para apanhar um guardanapo no bar. Peguei emprestadas palavras da Marisa Monte em “Quatro Paredes”, modifiquei um pouco de nada e finalizei com os dizeres “Um Dia” (idéia da tal amiga essa parte dos dizeres). Esperei ele passar, pus a mão no ombro dele e entreguei. Depois fugi. Por quê? Não sei. Acho que só queria botar um pouco de lenha pra, noutro dia qualquer, partir pra segunda parte do plano. Descobri que não me interessa tanto assim o desfecho, mas sim os meios, os procedimentos, como um bandido psicopata que sente o maior prazer durante. Eu sou o próprio bandido psicopata. Medo, né?!

A gente ri, tira sarro da própria cara, mas a verdade é que sinto saudades de um tempo que nem vivi. Ou vivi, mas era pequena demais. Queria ter tido vinte anos lá quando os meus pais, quiçá os meus avós, tinham vinte anos. Eu vejo uma beleza incrível na audácia de um bilhete no guardanapo.

Eu vejo uma beleza incrível nessas coisas do passado. Hoje, pra muitos (não pra mim), coisas bizarras do passado.

Até breve! Ouvindo, juro, Frank Sinatra.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Grande ninguém lê

Meu Deus! Que péssimo jeito de se começar um post, ainda mais um de estréia no novo blog. Me perdoem. Eu confesso que tinha escrito um texto há uns dias pra colocar aqui, mas vendo todo o sucesso do primeiro post da Marcela achei que não deveria. Mas acontece que agora também não consigo pensar em nada de muito interessante pra escrever. Ô vida!

Ontem antes de dormir eu tava pensando em um monte de coisas, o que não é novidade. Cheguei até mesmo a pensar em como tudo no mundo é baseado em circunferências. A própria Terra é redonda e gira, em torno do sol, que também é redondo (vai saber). Ai você abre uma torneira e pra isso tem que girá-la. Quando vc roda alguém, ela fica tonta, e o mundo de quem tá tonto é redondo. A nossa cabeça é uma bola (forcei). Nosso cérebro é quase uma também (forcei mais). Ok, essa história das circunferência nada tem a ver com nada, mas eu gosto de às vezes viajar assim. Enfim...

Repararam como de repente surgiram um milhão de blogs? Inclusive esse. Muito bom essa coisa de as pessoas voltarem a tomar gosto por escrever, mesmo que essas escritas não façam sentido sempre. Sempre vai ter alguém pra ler e pensar: puxa, que viagem... ou: meu deus, que bonito. No caso do último post com certeza foi: Meu deus, que emoção... Já nesse... me perdoem, de novo.

Meu aniversário se aproxima e eu não consigo pensar em nada... Nada de legal, essa é a verdade. Acho que já deu então.

Aliás, um comentário antes!

Sábado eu fui ao cinema assistir “O curioso caso de Benjamin Button”. Eu passo anos sem ir ao cinema, mas quando vou, assisto a filmes impactantes, que me deixam chorosa e pensando na vida. O último antes desse tinha sido “Ensaio sobre a cegueira”.

Acho que isso não vem ao caso agora. Tava pensando na verdade nessa coisa de ir ao cinema. Vocês pararam pra refletir como é engraçado isso? Um monte de gente, sei lá, 100 pessoas, param tudo, no mesmo dia, têm a mesma idéia, vão ao mesmo lugar e assistem a uma só coisa. Todos se sentam na mesma sala, assistem às cenas juntos e em vários momentos pensam na mesma coisa. Garanto que todos que vão solteiros, como eu, têm certa expectativa com quem vai sentar ao lado. Eu sempre espero pela minha alma gêmea (não? Ela nunca vai aparecer assim em um cinema? Ok!), mas na maioria das vezes dou azar e senta uma mulher ao meu lado. Aliás, acho que isso também não vem ao caso.

O filme. Nem tenho muito o que dizer sobre o filme. Tive vontade de anotar muitas coisas que foram ditas, porque servem mais ou menos como lição de vida, ou mesmo porque achei algumas frases bem construídas e de sentido profundo. Já pararam pra pensar como seria você nascer velho e morrer bebê de colo? Não deve ser uma experiência agradável não poder se relacionar com pessoas da sua idade porque você parece ter 80 anos. Ou não poder ficar com o amor da sua vida, porque você parece ter 20 anos, mesmo atingindo a terceira idade. Assistam. É muito bom.

Era isso.
Muito grande? Não vão ler? Ok, até a próxima.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Hoje de madrugada preparei um discurso pra ninguém ouvir...

Não sei. Tenho medo de me induzir a pensar coisas contra isso tudo para ter uma desculpa e me jogar de volta a um passado que eu já jurei odiar. Mas não odeio. Não o amo mais, burrice tem limite. Mas é inegável que meu ponto mais alto de felicidade (*) foi com ele. Da mesma forma que o cérebro procura buscar sempre o mais alto peso já alcançado na vida ele procura também fazer com que se repita o mais intenso tópico de felicidade experimentado.

Meu ex professor de história, um dos melhores, que por acaso me chamava de “olhos de jabuticaba”, uma vez me disse que sempre depois do apogeu vem a queda, e que queda. Hoje estagnado, parado, linear. Não vou falar que eu preferia a queda à isso, não me torturaria a esse ponto, mas tenho muitas dúvidas em relação a essa situação.

Precisava dessa estabilidade, mas estranhamente sinto falta da loucura proporcionada num passado não muito distante, dos olhos cegos que me derrubaram do abismo, as pernas trêmulas, o nosso amor de poema, que enaltece, enlouquece, fere e mata.

O Chico é mesmo um gênio, sacou tudo: “Já te deixei jurando nunca mais olhar pra trás (...) e me enganar (...) De novo e sempre, feito viciada eu vou voltar”. Jurei mesmo e muito,mas não fiz honrar minha palavra, enfim deixa pra lá, a vida é uma questão de felicidade e não de princípios, não é verdade?

Parece realmente um vício. Viciada em paixões arrebatadoras e letais. Daria um romance tosco, manjado e mal escrito. Difícil de alcançar não só as sensações mais intensas que tive, mas até mesmo os sorrisos sinceros que só ele me arrancava, o coração cheio, explodindo, quase extravasando o peito...

É, sinto como se estivesse me enganando, me passando a perna. Fugindo (ou sendo fugida) de emoções mais fortes para evitar a cara no chão, o beijo no carpete do meu quarto, as lágrimas que ensoparam o travesseiro.

Coisa do capeta mesmo, como pode, aliás como eu pude deixar que um punhado de emoções me confundissem, me deixassem completamente emocional, me tirassem da terra (e posteriormente me jogassem no inferno). Eu não tinha estrutura para você, não agüentei o baque de te ver com o dedo na minha cara antes de ir embora. Eu ainda não tenho essa estrutura de guerra para agüentar suas idas e vindas, sinceramente não quero suportá-las. Tenho medo, você me deixou com medo, tive pânico de você e nenhum soldado entra em campo amedrontado, então, enquanto esse trauma não me abandona fica difícil deixar que meu coração vá, rompa as barricadas de concreto que eu coloquei na frente e se torne mais uma vez vulnerável. Talvez vulnerável à felicidade, quem dirá? (Dez/08)

(*)obviamente questionável.